BLOG PARA INFORMAÇÃO DOS TRABALHOS REALIZADOS PELO GRUPO IDEALIZADORES DA LINHA DE UMBANDA COM PRECEITO DA TRADIÇÃO E FUNDAMENTO DA NAÇÃO ANGOLA RESGUARDANDO OS PRECEITOS UMBANDISTA MAS MANTENDO CERTAS TRADIÇÕES DO CULTO AOS ORIXÁS DA NAÇÃO ANGOLA DESMISTIFICANDO UM POUCO O SINCRETISMO RELIGIOSO QUE NADA TEM A VER COM CULTO MAS MANTENDO OS SANTOS CATÓLICOS COMO SÃO MAS SEM SINCRETISMO RELIGIOSO.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
ABERTURA DOS TRABALHOS EM GIRAS
Em Umbanda não temos uma abertura por xirê e sim por linhas e falanges
Abertura da gira
GIRA
As giras são trabalhos espirituais, também significa a reunião de vários espíritos de uma mesma categoria.ou falange, As giras podem ser festivas um aniversário ou uma homenagem a uma entidade ou pessoa , podendo ocorrer Giras de trabalho, ou Giras de treinamento, Giras fechada ou aberta ao publico geral.
Antes de iniciarmos uma Gira , deve ser feita uma “abertura dos trabalhos” para que o ambiente seja devidamente preparado,e também energizado com a essências da linha que se quer trabalhar.
Gira Aberta ou Gira Mista é uma gira onde se toca para duas ou mais categorias de espíritos. Nela podem trabalhar, ao mesmo tempo, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, etc.
Gira Fechada nessas giras trabalha-se com uma “linha” de cada vez,não permitindo outras entidades que não pertença a determinada categoria.
Neste caso, chamamos uma única linha por vez, espera-se até até o encerramento desta linha , e só depois que ela tiver deixado a gira, chama-se outra linha.: exemplo Todos os médiuns trabalham com Caboclos, depois com Baianos, Marinheiros,etc.
A Gira de Erês = Crianças também é uma das giras difíceis de um terreiro. Após a “abertura” normal da gira e com todos os fundamentos preparados para este trabalho puxa-se a falange das crianças que, por acaso, não são malcriadas apesar de serem alegres e brincalhonas. Muitos médiuns aproveitam-se de tal situação e fazem arruaça, achando que com isso tornam autentica a sua incorporação.tornando as vezes dificil de controlar.
Os Erês ou Cosmes (Sincretismo a São Cosme , Influencia da Igreja Católica) podem brincar sem desrespeitar os princípios espirituais. Essas entidades são a sublimação das forças cósmicas e jamais devemos desafiá-las pensando que por “serem crianças” não tem muita força. A devoção a essa vibração pode nos salvar de situações difíceis,dizem se quizilem com Guias e orixás mas nunca com Erês.
Deve-se, sempre após uma gira de Erês ou Ibeijada, chamar outra entidade para encerrar os trabalhos, pois as “crianças” limpam os consulentes e fazem os trabalhos, mas não descarregam a negatividade.
A Gira do Oriente deve começar a ser preparada uma semana antes do dia propriamente dito. Ela deve ser aberta pelo Zelador com preces e, durante a semana, devem ser invocadas todas as entidades que irão trabalhar, mantendo-se iluminados os respectivos pontos de firmeza. No dia da gira só deverão participar os médiuns que se mantiveram em harmonia com os fundamentos do terreiro naquela semana. Nestas giras geralmente recebe-se espíritos de muita sabedoria que vem a terra para nos ensinar ou passar mensagens importantes. Não devemos confundir esta gira com a festa dos ciganos. A gira do Oriente trabalha com os espíritos mentores de diversas crenças e culturas orientais.
GIRA DE PASSE BLOQUEADA = EM CONSULTA
Assim chamamos a dificuldade que o médium de incorporação parcial tem de penetrar na faixa vibratória de certos consulentes. Quando isso ocorre o médium não está, necessariamente, falhando ou sem a sua entidade.
Os motivos podem ser:
a) consulente carregado de energia negativa. O consulente fica envolvido dentro de uma redoma.
b) consulente que procura o terreiro por simples curiosidade ou para testar as entidades.
c) o consulente é médium ou mesmo Zelador. Já tem sua “coroa” feita e suas próprias entidades fecham a sua faixa vibratória para resguardá-lo.: Neste caso deve-se saudar o Ori a coroa do consulente e realizar o passe.
Nos casos “a” e “b” o médium não deve se deixar perturbar e também não deve tentar romper o bloqueio, pois além de lhe causar grande perda de ectoplasma isso pode fazer com que caia em descredito. O correto é recomendar ao consulente uma limpeza espiritual através de banhos de descarrego, imantações e preces e pedir-lhe que retorne para nova consulta.
É importante salientar que as giras de passe não são “consultório sentimental”que é o que mais acontece, ou lugar de “conversa fiada, muito menos fábrica de milagres. As pessoas devem ser orientadas para que não desgastem os médiuns contando toda a sua vida. A entidade irá perguntar somente o necessário, não ficará tentando fazer adivinhações.
O Consulente deve ser instruído a manter-se concentrado em seus objetivos para que toda a força da corrente formada seja empenhada em fazer o equilíbrio espiritual do mesmo. É desta forma que se consegue o que se procura e não com trabalhos direcionados a terceiros. Não temos o direito de interferir no caminho espiritual de outra pessoa a não ser que esta peça, e seja comprovada que ela esta livre de obrigações com outra Casa , Ialorixá ou babalorixá ou. Não devemos esquecer do “livre arbítrio” e principalmente de que “nos tornamos responsáveis por tudo que assumimos”
PROCEDIMENTO DENTRO DA GIRA
Após o devido preparo espiritual com banhos e imantações e depois de receber as orientações preliminares (aulas) o médium deve seguir o seguinte esquema dentro das giras:
Reflexão - o médium ao adentrar a gira deve refletir sobre sua vida nos dias que antecederam ao trabalho, procurando observar seus pontos fracos, seus erros e acertos. Deverá agradecer ao Pai Oxalá e ao seu orixá de Ori (cabeça) a chance de estar novamente a seu serviço.
Concentração - após a reflexão, o médium deve se desligar de tudo que o cerca. Deve fixar seu pensamento num ponto que lhe seja positivo, que lhe cause bem estar, a fim de que sua mente fique livre para receber todas as vibrações e de que seu corpo possa absorver completamente as imantações do ambiente.
Desde a sua entrada no Templo até o inicio da Gira, o médium deve manter-se em silencio absoluto, respirando pausadamente, aguardando a chegada dos demais companheiros . e sempre respeitando seu superiores nesta hierarquia.
Quando o médium entra no terreiro ele pode tocar o chão com a mão direita e em seguida em seguida no chacra frontal, saudando as entidades da casa e tocando o chão ou as atabaques e levando a mão ao chacra frontal . caso tenha um fundamento central deve-se fazer o mesmo (axé de meio de barracão)Não é obrigatório, se não vier do coração, mas é educado cumprimentar os donos da casa .
Após o início da gira chegará o momento de “bater cabeça”. O que isso significa? Como fazê-lo?
Cada médium poderá ter seu “pano-de-cabeça”, o qual deverá ser estendido no chão, diante do congá, e, ao som de cântico correspondente, deverá tocar o chão, sobre o pano, com a testa (Salve meu Pai Oxalá). Depois deverá tocar o chão com o lado direito da fronte saudando o Orixá masculino do terreiro (quando já souber seu Pai de Cabeça, ele é quem deverá ser saudado). A seguir deverá tocar o chão com o lado esquerdo da fronte saudando o Orixá feminino do terreiro (quando já souber sua Mãe de Cabeça deverá saudá-la).
A seguir será feita a defumação do ambiente quando, então, os médiuns que já usam as guias, deveram imantá-las com a defumação.
DEFUMAÇÃO A produção de aroma se faz pela mistura e aquecimento de várias ervas e essências e tem a finalidade de atrair vibrações e romper o campo magnético do ambiente que será utilizado para os trabalhos.
A cada material cabe atrair um tipo de vibração: boa ou má. Por exemplo: as ervas favorecem as boas vibrações e as espalham pelo ar, já o carvão atrai as más vibrações, porém as retém. Esse carvão será deixado na tronqueira até o final da gira e depois será jogado fora pois a negatividade já terá sido absorvida pelos Exús. (Veja Defumação)
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Considerações Gerais
Começamos com o terreiro. Na frente, no portão de entrada normalmente tem uma pequena casa. Nós a chamamos de Tronqueira. Lá dentro tem uma imagem do Sr. Tranca-Ruas, o poderoso Exú protetor do terreiro. É a nossa guarda.
O Terreiro é dividido em duas partes: a da assistência e o terreiro onde se desenvolve a “engira”. Daqui para a frente simplesmente “gira”. Em todo terreiro costuma-se haver um quadrado ou um centro de vibração, onde está enterrada a segurança de toda a casa. É um buraco que contém as armas do Orixá Chefe. Dali, emanando todo o axé da casa. Cria-se, então, um campo vibratório de muita força.
Hierarquia. Além do dirigente, existem as figuras da Mãe-Pequena e do Pai-Pequeno. Após os capitães de terreiro e dos ogans (atabaqueiros). Todos os membros da corrente devem prestar-lhes obediência e respeito e, ao entrar no terreiro, devem reverenciar-lhes, ritual rigorosamente observado pela religião umbandista. Todos carregam guias diferenciadas dos membros da corrente.
O médium deve ter sempre a consciência de nunca comer carne no dia em que irá trabalhar. Carne proveniente de animais de sangue quente podem conter energias contrárias às necessidades do trabalho que será desenvolvido. Além disso, o sangue contêm muita energia que, se usada por espíritos de pouca ou nenhuma luz, pode atrapalhar consideravelmente o bom andamento do trabalho.
A aflição e a agonia da morte, ficam impregnadas na carne e principalmente no sangue, esta energia tem grande força cósmica e durante os trabalhos mediúnicos pode ser transferida para o consulente ou trabalho, pelo médium que comeu carne.
Como o texto fala logo acima, animais de sangue quente, ou seja: com a exceção do peixe que é um alimento sagrado, todas as demais carnes devem ser evitadas.
Principalmente nos trabalhos de cura, cuja fragilidade do consulente está no seu ápice.
Como o dia de trabalho é sagrado, deve-se evitar a todo custo pensamentos pecaminosos, xingamentos, sentimentos de ódio de maneira geral, sexo, frequentar lugares que sugiram alguma ligação com energias que possam ser prejudiciais ao trabalho.
Não lavar a cabeça mas sim o restante do corpo. Não deve também cortar seu cabelo ou qualquer outra ação que envolva a manipulação de seu chakra coronário. (a Coroa).
(Obs.: Banho de descarga com as ervas do seu Orixá).
Chegando no terreiro…
Saudar a(s) Tronqueira(s):
Saudar Seu Tranca Ruas.
Pedir proteção, pedir ajuda nos trabalhos.
Pedir para limpar seu corpo de larvas e miasmas astrais.
Pedir licença para entrar no terreiro. Considere sempre que o chão do terreiro é um solo sagrado e é onde serão desenvolvidos todos os trabalhos. Portanto, faz-se necessário pedir licença para pisá-lo.
Para pedir licença para pisar no terreiro deve-se tocar o chão com o dedo médio, tocando-o 3 vezes, descrevendo um triângulo, (tríade Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos) e em seguida tocar a fronte, o lóbulo parietal e lóbulo occipital (tríade matéria, mente e espírito) solicitando-lhes que nos ajude a manter o fortalecimento e a harmonia destes planos.
As Crianças significam a infância, com sua pureza e inocência.
Os Caboclos significam a mocidade com sua energia.
Os Pretos Velhos significam a velhice com sua humildade e experiência.
Saudar Oxalá.
Saudar seu Orixá de cabeça. Se não souber ainda qual é seu Orixá de cabeça, bastará saudar Oxalá.
Em terreiros que tenham Ogan deve-se saudar o Ogan Chefe. O Ogan é o chefe dos atabaques.
Em terreiro que mantém hierarquia com capitães, deve-se cumprimentar os Capitães do terreiro obedecendo a hierarquia entre eles, ou seja, o 1º capitão a ser cumprimentado deve ser sempre o capitão mais novo a ocupar esta posição, em seguida cumprimentar o segundo e assim consecutivamente até o Capitão mais antigo do terreiro.
Cumprimentar o dirigente do terreiro.
Ao som do Hino da Umbanda, a corrente entra no terreiro, cantando alegres, dispostos, de branco, com suas guias e banho de ervas previamente tomado. Após, inicia-se a defumação em todos os presentes. Vale aqui dizer que todo o ritual tem que, obrigatoriamente, ser feito com pontos cantados. Após a defumação, vem o bate-cabeça, oportunidade dos membros da corrente. Os que têm hierarquia já o fizeram no início. Em seguida a saudação aos Anjos da Guarda. Louva-se aos Orixás e aos espíritos que trabalham através dos cavalos (médiuns) no terreiro. Em seguida pede-se a proteção do Sr. Ogum de Ronda. Saudação à Quimbanda e ao Sr. Tranca-Ruas não podem faltar. Feito este ritual é que começam as incorporações.
FUNDAMENTOS DO RITUAL
Hino de Umbanda
É um mantra de louvação à Umbanda.
Os povos em suas liturgias religiosas, desde os tempos imemoriais, invocam suas divindades, não só pelo vocábulo, como também, pela palavra cantada, através de hinos, ladainhas, mantras, cânticos, salmos e pontos cantados.
Defumação
A defumação harmoniza e aumenta o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da terra, absorção de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projetam-se forças capazes de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto de baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, orgulho, mágoa ,vaidade, etc.
O que fazer nesta hora? Pedindo pela purificação do Terreiro dos médiuns e assistência fechando o nosso corpo e mentalizar os guias, anjo da guarda, pedindo que essas energias nocivas se dissipem.
Bate Cabeça
Neste momento os filhos estão saudando seus Orixás de cabeça e pedindo licença aos mentores espirituais da casa para iniciar os trabalhos.
Anjo da Guarda
Neste momento de louvação ao nosso Anjo de Guarda, devemos pedir sua proteção e harmonia.
Prece de Abertura
É o momento aonde elevamos os nossos pensamentos e pedimos por nós, pelo bom andamento dos trabalhos espirituais, por parentes e amigos encarnados ou desencarnados, deixando todas as mágoas e maus pensamentos, tudo que é de ruim do lado de fora, para que possamos formar uma corrente com bastante solidez que possa combater qualquer força contraria sem romper um elo desta corrente.
Abertura de Gira
Neste momento o dirigente puxa o ponto de abertura de gira (Eu abro a nossa gira com Deus e Nossa Senhora…), é um momento de muita concentração, é quando ele recebe a permissão dos guias espirituais para dar início ao trabalho.
Deus Salve a Pemba, Salve a Toalha e Salve Nosso Congá
Pemba: a caneta dos guias, objeto sagrado na Umbanda, é através dela que se dá a grafia dos espíritos.
Toalha: onde saúda-se o Orixá, pano de cabeça imantado através do ritual do amaci.
Congá: lugar sagrado onde estão representados os Orixás e guias que são cultuados na Umbanda.
Salve a Engoma
Engoma: Atabaques, instrumento sagrado e de grande poder vibratório.
Neste momento do trabalho são tocados ritmos de imantação e fixação de energia.
Os atabaques são responsáveis pela harmonia do terreiro através do ritmo.
Salve as Setes linhas da Umbanda
Saudação aos naturais: espíritos que habitam a natureza, que nunca tiveram encarnações, por isso são puros.
Salve as Crianças
Preparo da firmeza do terreiro. São responsáveis pela nossa alimentação de força.
Salve as Entidades da Casa
È o momento em que saúda-se todas as entidades que cuidam da casa e os mentores espirituais do trabalho.
LAROIÊ EXÚ
Normalmente saúda-se o Sr. Tranca Ruas, porque ele é quem recebe a responsabilidade de cuidar de todas as tronqueiras dos terreiros de Umbanda, é ele que abre o terreiro e fecha a rua e no fim da gira fecha o terreiro e abre a rua.
Neste momento saudamos Exu Sete Encruzilhada
Patacôri Ogum de Ronda
fazemos as louvações a Ogum e colocamos eles de Ronda
Nesse momento os Oguns se postam como sentinelas do terreiro, cuidando e rondando para evitar intrusos que possam vir atrapalhar o andamento da gira.
Okê arô kokê maior (Orixá Odé Oxossi)
É cantado ponto de firmeza de linha do Orixá regente do dirigente do Templo.
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